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She-Wolves of the Wasteland - 1988


Quando Mad Max vira o Clube da Luluzinha...


Filmes apocalípticos nos alertam de como o futuro poderá revelar-se a humanidade não mudar os seus hábitos autodestrutivos. Tomemos por exemplo o filme "She-Wolves Of The Wasteland" (aka Phoenix the Warrior - 1988), que sugere que, se deixarmos acontecer o Armagedom, o mundo vai se transformar em um matriarcado executado por extras de um vídeo do Motley Crue com nomes de action-figures como "Chainsaw", "Neon" e "Rattail".


A história é a seguinte. Os homens morreram e as mulheres estão em guerra territorial. Uma bruxa que tem o poder de ver o futuro (dããããã!!!) descobre que existe um escolhido, uma criança do sexo masculino, que vai se tornar poderoso e repopular o mundo, mas antes que isso aconteça a megera pretende escravisar o coitado antes de seu nascimento(?). Uma das mulheres, Keela (Peggy Sanders), contida numa espécie de "Controle de Natalidade" conseguiu escapar e está sendo caçada por Cobalt (Persis Khambatta, a alien careca de Star Trek - 1979) uma guerreira do mal que trabalha para a bruxa. Felizmente, a heroína nômade, Phoenix (Kathleen Kinmont Burns, a noiva-zumbi de "Bride ofRe-Animator" - 1990) resolve salvar Keela de suas perseguidoras numa das mais memoráveis cenas do filme onde jogando uma maçã no ar, consegue alvejar todas as perseguidoras com sua metralhadora para fodásticamente pegar a maçã que ficou suspensa no ar por 45 segundos (o que é um movimento muito Clint Eastwood, mas com direito à uma bundinha exposta). Keela então explica a situação para sua salvadora enquanto atravessam o deserto: "Eu tenho a semente masculina. Estou com a criança! Uma criança do sexo masculino".


A partir daí o filme vira uma confusão de clipes de hard rock com figurantes de filmes do estilo Mad Max. Corridas de bugue no deserto, tiroteios de estopim e peitos balançando a todo momento numa visão de um mundo no futuro que é dominado por coelhinhas da Playboy percorrendo as planícies do deserto commetralhadoras de plástico e penteados new-wave que sugerem que as chapinhas ainda estão disponíveis, apesar civilização estar em um colapso irreversível. Apesar da tosqueira reinar em quase todo filme, algumas cenas são divertidíssimas e dignas de nota como a parte em que Phoenix pega um dos "machos" sobreviventes pelos bagos e diz; "Um dos últimos homens vivos e eu o quebrei!" e quando as mocinhas da trama descobrem uma espécie de civilização chamada Razhuls, parecidas com zumbis retardados, que idolatram uma televisão quebrada (o que me levou a lembrar um filme do canibal de Palmitos, Peter Baiestorf, onde um homem civilizado briga com um ser primitivo pela guarda de uma TV em uma espécie de pântano).

"She-Wolves Of The Wasteland" não é bem produzido e nem é tão original (uma história do gênero pode ser encontrada na HQ "Y: The Last Man"), mas se você é como eu, um fã incorrigível de filmes bagaceiras e não se importa em perder seu tempo assistindo histórias apocalípticas no estilo "Sessão da Tarde" com direito a briga de mulheres seminuas banhadas na poeira do deserto e com efeitos especiais dignos de filmes antigos dos Trapalhões, "She-Wolves Of The Wasteland" é um prato cheio onde a diversão é garantida do começo ao fim.

FICHA TÉCNICA

Título: She-Wolves Of The Wasteland, aka Phoenix the Warrior Ano: 1988 Direção: Robert Hayes Roteiro: Robert Hayes e Dan Rotblatt País: USA Idioma: Inglês Locações: Mojave Desert, San Bernardino Mountains, California, USA Produzido por: Action International Pictures (AIP)

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