Grave of the Vampire - 1974
Originalmente publicado no blog Juvenatrix em 16/03/10
Alguns filmes ficam marcados na memória para sempre, e não necessariamente por suas qualidades impecáveis, mas sim por determinadas cenas que consideramos marcantes. “O Túmulo do Vampiro” (Grave of the Vampire, EUA, 1974), é apenas mais um filme mediano de vampirismo, mas também é um daqueles que possui momentos que estão eternamente guardados na minha lembrança, sendo um filme que assistia frequentemente entre o final da década de 1970 e início dos anos 80 na televisão, em nostálgicas sessões de horror como a “Calafrio” da Record, que exibia filmes da “Hammer” aos sábados às 23:00 horas, depois de jogos de futebol.
A cena em particular é o início ambientado num cemitério fantasmagórico e envolto em neblina, com um vampiro levantando-se de sua tumba gelada e atacando violentamente um casal de jovens que namoravam em um carro estacionado entre as lápides. A criatura da noite matou o rapaz, sugando-lhe o sangue, e estuprou a moça dentro de uma cova aberta, que mais tarde gerou uma criança mutante, mista de humano e vampiro. A ação avança no tempo e o menino, alimentado com o sangue de sua mãe, se torna adulto, James Eastman (William Smith), que revela seu grande objetivo em localizar o pai, o vampiro Caleb Croft (Michael Pataki), para pode se vingar cravando-lhe uma estaca de madeira no coração, e livrar a humanidade de sua existência maligna. Em seu caminho, surge uma mulher, a professora Anne Arthur (Lyn Peters), por quem se apaixona e tenta impedir que se torne outra vítima do vampiro, que agora se esconde sob um novo nome, o professor de ciências ocultas Lockwood.
“O Túmulo do Vampiro” foi lançado em DVD no Brasil e é apenas mais um filme de vampirismo perdido entre tantos outros, mas que possui alguns detalhes que merecem registro como a já comentada cena inicial no cemitério e o desfecho com o confronto sangrento entre pai e filho. Além da presença de William Smith, um rosto conhecido por participações em várias séries de TV dos anos 60 e 70, principalmente pelo papel fixo na divertida série de western “Laredo” (1965/1967), como o Texas Ranger Joe Riley em todos os 56 episódios. Seu personagem é calado e misterioso, em busca de vingança contra quem o transformou num ser amaldiçoado. Vale também destacar a atuação sinistra de Michael Pataki como o vampiro pai, extremamente mórbido, um assassino frio sedento de sangue, nada aristocrático, um predador impiedoso com suas vítimas, não medindo esforços para manter sua existência, sem as frescuras dos vampiros modernos do cinema desse início de século XXI.
“O Túmulo do Vampiro” (Grave of the Vampire, EUA, 1974) # 549 – data: 15/03/10