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La Maschera del Demonio – 1960


Quando a Hammer Films deu novo fôlego ao horror gótico no final de 1950, mostrando ao resto do mundo sua mistura de sangue vermelho brilhante, mulheres bonitas e cores vibrantes, não demorou muito para que quase todos os estúdios e produtores pegassem uma fatia da ideia. Nos EUA, a American International Pictures, com um pouco de ajuda de Roger Corman, criou o célebre ciclo de adaptações de Edgar Allan Poe, estrelado por Vincent Price. Na Itália, os estilistas como Mario Bava e Riccardo Freda criaram visuais densos e de cores atmosféricas em filmes como Black Sabbath, de Bava (1963) e O Horrível Segredo do Dr. Hichcock (1963), de Freda (Nota: – a letra ‘t‘ foi retirada, aparentemente, para evitar qualquer referência possível a Alfred Hitchcock). Freda e Bava trabalharam juntos em um dos primeiros filmes da “nova onda” de produções italianas de horror. Depois de realizar funções semelhantes em várias outras produções, Mario Bava finalmente foi recompensado com um filme de sua autoria para dirigir.


O resultado foi La Maschera del Demonio (The Mask of Satan, 1960), que se tornou um enorme sucesso praticamente em todos os lugares sob o título mais conhecido de Black Sunday. A bela Princesa Asa (Barbara Steele – na época ainda não tão icônica) é condenada por prática de bruxaria. A punição para isso é ter uma máscara de madeira pregada em seu rosto. Seu amante e companheiro Arturo Domingos, um adorador de Satanás, já foi despachado pelos inquisidores e por isso a bruxa roga uma praga, amaldiçoando os descendentes de seus algozes antes de ser silenciada para sempre.

200 anos depois os médicos Thomas Kruvajan (Andrea Checchi) e Andre Gorobec (John Richardson, que mais tarde apareceria em Torso, de Sergio Martino e Eyeball, de Umberto Lenzi) descobrem uma estranha cripta e encontram o túmulo da feiticeira. Por causa de um pequeno acidente, sangue é derramado e Asa volta à vida para cumprir sua maldição, momento este onde os espectadores visualizam num close a máscara que se tornou um verdadeiro horror para os censores de 1960 (o Reino Unido proibiu o filme por muitos anos por causa disso, e de muitas outras cenas “censuráveis”).

Black Sunday de Mario Bava é um clássico indispensável e traz uma maravilhosa atmosfera por toda parte. A falta de cores pode até significar que o filme não pareça uma produção tão exuberante como Black Sabbath (1963), mas mesmo assim ainda mantém-se bem depois de todos esses anos.

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