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La Jena di Londra - 1964


La Jena di Londra (Itália, 1964), também conhecido pelo título em inglês “The Hyena of London”, tem fotografia em preto e branco, roteiro e direção de Gino Mangini (sob o pseudônimo Henry Wilson), e está disponível no Youtube numa versão original italiana com legendas em português. É curto, com apenas 75 minutos, e tem uma história clichê de investigação policial de misteriosos assassinatos num vilarejo inglês do final do século XIX, com alguns elementos sutis de horror e até ficção científica.


O perigoso assassino em série Martin Bauer foi preso pela polícia e condenado à morte por enforcamento. Conhecido como “Hiena” (daí o título), ele foi executado numa sexta-feira, 19 de Dezembro de 1883. Porém, seu corpo desapareceu misteriosamente do cemitério, enquanto coincidentemente uma sucessão de mortes violentas teve início num vilarejo chamado Bradford, perto da capital inglesa Londres.

Os assassinatos brutais despertaram a atenção da polícia local, com o Inspetor Brett O’Connor (Gino Rosso, creditado como Thomas Walton) liderando as investigações, auxiliado pelo ajudante Brown (Attilio Dottesio, como William Burke) e por Quayle (Gino Rumor, como Antony Wright), um representante da Scotland Yard.


Entre as pessoas de destaque no vilarejo temos o médico rico Dr. Edward Dalton (Giotto Tempestini, como Bernard Price), envolvido com experiências bizarras no estilo de “cientista louco” e auxiliado pelo inescrupuloso Dr. Antony Finney (Angelo Dessy, como James Harrison). E para completar o elenco temos o casal de namorados formado por Henry Duin (Tony Kendall) e Muriel (Diana Martin), filha do Dr. Dalton, e os vários empregados da mansão do médico, como o jardineiro Peter (Luciano Pigozzi, como Alan Collins), sua esposa infiel Margie (Ilona Drash, como Denise Clar) e o mordomo Chris (Giovanni Tomaino, como John Mathews).

A primeira metade do filme é bem arrastada e entediante, voltada claramente para o drama e com menos ênfase nos esperados elementos de horror gótico normalmente associados à ambientação da história. O roteiro perde tempo apenas apresentando vários personagens desinteressantes, com excesso de cenas envolvendo casais de namorados e triângulos amorosos.


Já a partir da metade para o final as ações melhoram um pouco com a ocorrência de assassinatos (todos “off screen”) num vilarejo, inclusive com a morte trágica de uma adolescente, num momento ousado dos realizadores, principalmente pela época, um fato que motivou os aldeões revoltados a se reunirem numa caçada de vingança ao assassino pela floresta.

Somente com as mortes misteriosas e a consequente investigação policial a narrativa ganhou um pouco mais de dinâmica e atmosfera sombria. Porém, ainda assim, nada muito significativo e memorável o suficiente que pudesse impedir de tornar o filme um exemplar apenas mediano e esquecido do horror gótico, principalmente quando comparado com inúmeras outras preciosidades italianas do mesmo período.


Curiosamente, o ator italiano Tony Kendall (1936/2009) esteve no horror gótico O Chicote e o Corpo (1963), ao lado de Christopher Lee, e em O Retorno dos Mortos-Vivos (1973), segundo filme da tetralogia espanhola dos mortos cegos de Amando de Ossorio.


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