Singapore Sling - 1990

Singapore Sling. Um delicioso drink feito com xarope de grenadine, gin agridoce, club soda e aguardente de cereja. Mais gostoso ainda é o filme batizado com este nome.

Neste estranho thriller de horror grego, realizado inteiramente à noite durante uma tempestade, o escatológico se confunde com o bizarro e o clássico transformando-o num espécime único. Algo como: “E se a Vênus de Botticelli fosse pintada urinando na boca de um acólito?“ Você pode esperar de tudo em Singapore Sling; bondage, incesto, canibalismo, necrofilia, vômito induzido, golden rain, sessões de tortura e até uma cena de masturbação com uma fruta que parece uma manga(?). A história é a seguinte:

Um requerente do secretariado (Panagiotis Thanasoulis) é chamado para encontrar uma moça desaparecida chamada Laura (por quem acaba se apaixonando) e acaba por cair nas garras de uma alucinada família aristocrática composta apenas por uma mãe sádica e dominadora (Michele Valley), sua filha retardada e ninfomaníaca (Meredyth Herold) e o corpo do pai, mumificado no porão. Ambas tem o costume de trazer estranhos para sua mansão e depois de realizarem-se em orgias “caligulescas” estripam as vítimas, transam entre si e usam os corpos como adubo no jardim.

O filme é totalmente produzido em preto e branco e tem uma levada daqueles filmes “noir“, onde os personagens parecem conversar com o telespectador, mas as cenas decorrentes não tem nada de romântico ou clássico já que a bizarrice explode desde cavalgadas sexuais com direito a jatos de vômito no rosto até sessões de eletrochoque para prolongar a ereção. Uma das cenas que mais curti foi a de quando “Singapore Sling” (o nome ao qual as garotas chamam Panagiotis) estupra a filha da burguesa louca com uma faca de caça no lugar do pênis.

Apesar da festança escatológica Nikolaidis ganhou diversos prêmios em festivais de cinema transgressivo pela Grécia e seu filme já foi traduzido para diversas línguas entre elas o inglês e o francês.