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Santa's Slay - 2005


Era uma vez um bom velhinho que se vestia de vermelho e distribuía brinquedos uma vez por ano para as crianças boas de todo o mundo. Seu nome era Papai Noel e ele era filho de Satanás.


Pelo menos essa é a lenda que conta o Livro de Claus, um misterioso tomo sobre a verdadeira origem do Papai Noel. Há muitos anos atrás, o Natal era conhecido entre os nórdicos como Dag of Mord (Dia dos Assassínios) e Santa Klaus se divertia dizimando a Humanidade para honrar o se pai, o próprio capeta. Um dia, um anjo desafiou o filho do Diabo para um jogo onde quem perdesse teria que obedecer a regra imposta pelo vencedor. O anjo, disfarçado na forma de um velho homem venceu e como castigo o filho de Satanás deveria não prejudicar qualquer ser humano por 1.000 anos. Em vez disso, ele seria obrigar a entregar brinquedos para as crianças boas de todo o mundo e o Dia dos Assassínios seria conhecido como Dag of Glee (Dia da Alegria) – criando assim a descrição de Papai Noel que a maioria de nós está familiarizada.


O problema começa quando, depois da passagem destes mil anos, o Papai Noel resolve matar um monte de pessoas das maneiras mais terríveis para tirar o atraso. O caos então toma conta do pequeno Condado de Inferno onde os habitantes morrem das formas mais estapafúrdias possíveis como enforcadas com pisca-piscas, sufocados com coxas de peru, decapitados por presentes-bomba ou devorado por uma rena carnívora (que na verdade é um gigantesco búfalo branco).

Quando tudo parecia perdido descobre-se que o velho doido da cidade (Robert Culp), que odeia o Natal, possui o segredo de como destruir o Papai Cruel e, junto com o seu neto, o jovem Nicholas Yuleson (interpretado por Douglas Smith), decide salvar o mundo de um banho de sangue que esperou 1000 anos para ser desencadeado.


Santa's Slay é uma comédia de horror que foi lançada em vídeo e não é tão ruim quanto você pode pensar. No papel do Papai Noel assassino encontramos o brutamontes Bill Goldberg, ex-lutador profissional (WWE e WCW), que desanda a espancar os cidadãos da pequena cidade de Inferno com os golpes de luta-livre que fizeram a sua fama. De resto o filme é puro besteirol. Piadinhas infames com judeus e rappers fazem deste filme uma espécie de sessão da tarde para adultos já que na cena onde o velho Noel invade um puteiro para rechear o peru a exposição de peitos é extrema. O pastor da cidade que o diga e inclusive uma das cenas mais divertidas do filme se passa no bordel quando Santa Klaus entrega seu trenó (uma réplica de um drakkar viking puxado por um búfalo branco devorador de carne humana) para um confuso manobrista ou quando arranja uma briga com os seguranças locais e decide espancá-los com o mastro de pole dance, mas não antes de fazer uma carinha de nojo e desinfetá-lo com produtos de limpeza.

De repente, a cidade não acha o Sr. Yuleson tão maluco assim e decide acreditar que um maníaco usando vestes natalinas está barbarizando a cidade. Com a morte do avô, que foi esmagado pelo trenó satânico, cabe agora ao jovem Yuleson se juntar à sua namorada Mary Mac Mackenzie (Emilie de Ravin) para terminar com a onda de assassinatos do Papai Noel das trevas.

O humor negro é a chave-mestra deste filme. Na cena de abertura do filme somos convidados a participar do jantar familiar de Natal dos Mason e podemos encontrar grandes humoristas judeus incluindo James Caan, Fran Drescher, Chris Kattan, e Rebecca Gayheart, que são brutalmente massacrados com enfeites de Natal, golpes de luta-livre, acendedores de velas e até com uma coxa de peru. Como o Pastor Timmons encontramos outra figura tarimbada da TV, o ator Dave Thomas e o patrão judeu do jovem Nicholas, o Sr. Green, é nada menos que o engraçadíssimo Saul Rubinek, que acaba por morrer estaqueado pelo seu próprio menorah. Outra parte memorável do filme é a tomada onde Nicholas termina a leitura começada por seu avô quando o segredo dos Yulesons é revelado. Toda a trama arquitetada pelo anjo contra o Filho de Satã no passado nos é contada sob a forma daqueles teatros com bonequinhos de espuma semelhantes aos da programação da TV Cultura.


Simplesmente hilário!


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