Mystics in Bali - 1981
“Mystics in Bali” é uma tranqueira produzida na Indonésia em parceria com a Austrália, também conhecido pelo título alternativo “Leák”. Com direção de H. Tjut Djalil, a história mistura elementos de magia negra, feitiçaria e vampirismo, apresentando uma cabeça voadora com órgãos internos pendurados, em efeitos precários e com um elenco extremamente ruim.
Uma escritora americana, Catherine Kean (Ilona Agathe Bastian), está em Bali (uma ilha localizada na Indonésia) para pesquisar informações sobre a antiga, estranha, misteriosa e poderosa magia negra “leák”, com o objetivo de escrever um livro sobre o assunto. Ela é auxiliada pelo namorado Mahendra (Yos Santo), nativo da região, e consegue um contato noturno e sinistro com uma feiticeira, uma rainha leák (interpretada por Sophia W. D. quando velha, e por Cinthya Dewi quando jovem).
A poderosa bruxa, com voz gutural, aceita passar os ensinamentos da magia para a ingênua Cathy, que se torna uma discípula das trevas e se transforma eventualmente numa criatura assassina e vampira à procura de sangue e carne de suas vítimas, sendo que sua cabeça, agarrada à espinha, pulmões e intestinos, se separa do corpo e voa em busca de alimento. Mahendra tenta salvá-la da maldição e pede ajuda ao seu tio Machesse (W. D. Mochtar) e outros religiosos para combater a rainha leák e libertar a namorada Cathy de seu domínio maléfico.
Com esse roteiro absurdo já dá para imaginar a imensa tranqueira que é “Mystics in Bali”, um filme tão ruim que o espectador torce para que acabe logo, mas isso somente ocorre depois de seus longos 87 minutos. Os atores são muito inexpressivos, artificiais e tão amadores que chegam a incomodar pela precariedade das atuações. A rainha leák dá tantas gargalhadas histéricas irritantes que nos incentivam a avançar o filme minimizando o incômodo. Sem contar a dança ridícula do ritual de magia negra.
Os efeitos são extremamente bagaceiros, principalmente a tal criatura demoníaca que é a cabeça voadora de Cathy possuída, arrastando as tripas pelos ares. Tem também uma mão decepada que caminha sozinha, o tentáculo enorme em forma de língua da bruxa leák, as cenas de transformação dela e da discípula Cathy em animais como porcos e outras criaturas gosmentas, além dos vômitos verdes misturados com ratos vivos e o duelo de feiticeiros transformados em bolas de fogo numa guerra patética de raios, entre outras bizarrices. Mas, onde normalmente isso seria um motivo para agregar valor como entretenimento para os apreciadores de filmes toscos, acaba surtindo um efeito contrário por causa da ruindade extrema geral do filme, desde a história sofrível até as atuações inacreditavelmente inexpressivas.
(RR – 22/12/17)