top of page

Harbinger Down (2015)


“Tardigrado (do latim: tardus, lento + gradus, passo) é um filo de pequenos animais segmentados, relacionados com os artrópodes. Popularmente são conhecidos como ursos-d’água ou como tardígrados, um aportuguesamento derivado do nome do filo. Foram descritos pela primeira vez por J.A.E. Goeze em 1773. O nome Tardigrada foi dado por Spallanzani em 1776. São em maioria fitófagos, mas alguns são predadores, como o Milnesium tardigradum. Muito resistentes, os tardígrados podem sobreviver a temperaturas variando desde pouco mais do que o zero absoluto até os 150 °C, a pressões de 6 mil atmosferas e 5 000 Gy de radiação, cerca de 1000 vezes mais que um ser humano pode suportar.


Em 2007 vários espécimes pertencentes a duas espécies de tardígrados foram enviados ao espaço por cientistas, onde foram expostos não apenas ao vácuo, onde é impossível respirar, mas também a níveis de radiação capazes de incinerar um ser humano. De volta ao planeta Terra, um terço deles ainda estava vivo, tornando-se assim os únicos animais nativos do planeta capazes de sobreviver às condições do espaço extraterrestre sem a ajuda de equipamentos de que se tem conhecimento. Além do mais, 10 % dos sobreviventes foram capazes de reproduzir-se com sucesso, produzindo ovos que eclodiram normalmente. Em maio de 2011, estudos sobre os tardígrados foram incluídos na missão STS-134 do ônibus espacial Endeavour, em seu último voo ao espaço.


Vivem por poucas semanas, mas por terem elaborado uma estratégia de dormência completa, na qual se encolhem e desidratam-se, desligando todos os seus sistemas e processos biológicos, podem sobreviver por muitos anos quando encontram condições ambientais que não suportam a vida animal, permanecendo em um estado criptobiótico. É neste estado que conseguem suportar condições ambientais extremas e posteriormente “voltam à vida” ao reidratarem novamente.”


Bacana este bichinho, não? Agora imaginem este carinha do tamanho de um urso polar atacando pescadores e cientistas, além de liquefazer seus corpos e reabilitar seu DNA?

Apesar da avalanche de filmes ruins que assolaram o ano de 2015, Harbinger Down (Naufrágio Mortal – 2015) foi um achado interessante. Um grupo de estudantes reserva lugares na embarcação de pesca de caranguejos Harbinger, liderado pelo Capitão Graff (Lance Henriksen) para estudar os efeitos do aquecimento global sobre um grupo de orcas no Mar de Bering. Quando a equipe da embarcação draga uma peça recentemente degelada de ruínas espaciais soviéticas, as coisas seguem um rumo mortal. Aparentemente, os russos experimentaram com tardigrados, pequenos e resistentes animais capazes se sobreviver a níveis extremos de radiação espacial. As criaturas sobreviveram, mas não sem passar por mutações. Agora, a equipe está exposta aos organismos mutantes agressivos. Depois de ficarem presos no gelo por três décadas, eles não vão querer abrir mão do calor e da companhia humana.


Diferente dos filmes atuais, Harbinger Down optou por não utilizar os saturados efeitos especiais e um fato curioso deu um charme todo especial à produção. Em 2010 a Amalgamated Dynamics (ADI) foi contratada para criar os efeitos do remake horrivel de O Enigma de Outro Mundo (lançado em 2011). No entanto para o desgosto da ADI, o estúdio teve a maioria de seus trabalhos digitalmente substituído por CGI no corte final do filme. Em resposta a isso, a ADI usou o Kickstarter para financiar este filme, que apresenta efeitos de criaturas totalmente práticos criados através da utilização de animatronics, maquiagem protética, stop motion e efeitos em miniatura e o resultado foi um show de criaturas gosmentas e sanguinolência pra nenhum fã de filmes gore botar defeito.

Escrito e dirigido por Alec Gillis (que começou sua carreira trabalhando para a New World Pictures de Roger Corman e responsável pelos efeitos especiais de filmes como Pumpkinhead, Tropas Estelares e Alien vs Predador), Harbinger Down vale uma conferida tanto pela cuidadosa (e respeitosa!) produção quanto pela interpretação do Sr. Henriksen como um dos marinheiros mais badass que já vi.

Curiosidades

O computador assistente de xadrez usado em O Enigma de Outro Mundo, de John Carpenter, pode ser visto em algumas cenas.


• Quando Sadie (Camille Balsamo, de The Paperboy, Date e Merry Kissmas) vai ao convés com o microfone para gravar o canto das baleias aparece o número LV-426 no satélite recuperado. Esta é uma referência para o planeta do filme Aliens ao qual Lance Henriksen estrelou como um humanoide sintético.


• No início do filme, a data é 25 de junho de 1982. Esta foi a data de lançamento do filme O Enigma de Outro Mundo.


• Quando a equipe vai detonar o monstro com o hidrogênio em um balde o Capitão Graff (personagem de Lance Henriksen) solta a seguinte frase ao escapar da criatura – “Vamos precisar de um balde maior.” Isso foi uma homenagem a Tubarão (1975), onde o xerife Brody (interpretado por Roy Scheider) diz – “Você vai precisar de um barco maior.“

Textos Atualizados
Recentes
Arquivos
Tags
Siga-nos
  • Facebook - White Circle
  • Twitter - White Circle
  • Tumblr - White Circle
bottom of page