top of page

Onibaba - 1964

  • Iam Godoy
  • Mar 6, 2017
  • 2 min read

Onibaba é um filme de terror japonês baseado em uma parábola budista. Dirigido por Kaneto Shindo em 1964, o filme é ambientado no Japão rural no século XIV. A história se passa logo após a Batalha de Minatogawa que começou um período de mais de 50 anos de guerra civil, o período Nanboku-cho (1336-1392) e demonstra a luta de classes entre os camponeses e samurais de elite na época.


Esta parábola do horror gótico japonês conta a história de uma mulher (Nobuko Otowa) e sua filha (Jitsuko Yoshimura) que vivem em uma pequena cabana em um pântano Susuki. Elas sobrevivem matando samurais, vendendo suas armaduras e armas e depois dispensando seus corpos em um poço profundo. Passado o tempo, um conhecido chamado Hachi (Kei Sato) retorna e começa a seduzir a filha da mulher. A mãe descobre o relacionamento e pede a ele para que não leve sua filha, uma vez que ela não pode matar sem sua ajuda. Sem sucesso em acabar com o romance a velha mulher acaba por armar um plano onde fantasia-se como um demônio para assustar a própria filha utilizando-se de uma máscara obtida na morte de um samurai amaldiçoado pelos seus pecados.


Produção


Kaneto Shindo queria fazer o filme Onibaba em um campo de grama Susuki. Ele enviou assistentes de direção para encontrar um local adequado. Uma das locações foi encontrada perto de um rio em Inba-Numa, (Chiba, Japão). De acordo com o diretor o filme sofreu muitas alterações na equipe e teve vários impencílios. A equipe só podia filmar em luz do dia, porque durante as horas da noite a margem do rio iria transbordar fazendo a locação ser invadida por caranguejos e insetos. Para filmar as cenas “noturnas” dentro das cabanas, foram providenciadas telas especiais para bloquear o sol, transformando a luz ambiente em um lugar completamente diferente.

A trilha sonora de Onibaba fica por conta de Hikaru Hayashi. Ele incluiu um tambor Taiko na composição da trilha e sons naturais de pombos cantando. O filme faz uso de edição rápida e lenta, muitas vezes em ângulos distorcidos ou estranhos.


Sobre a parábola budista


A história de Onibaba foi inspirada na parábola budista de "yome-odoshi-no-men" (máscara de assustar noivas) ou "niku-zuki-no-men" (máscara com carne em anexo) que conta a história de uma mãe que costumava usar uma máscara de demônio para assustar sua filha, impedindo-a de ir ao templo. Como punição a máscara adere ao seu rosto, e quando ela pediu permissão para removê-la a operação levou junto a carne de seu rosto. De acordo com Kaneto Shindo os efeitos da máscara sobre aqueles que a usam no filme são simbólicos e servem para transmitir aos espectadores o horror da desfiguração das vítimas das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki. O filme reflete o efeito traumático desta visitação no pós-guerra e como isso afetou a sociedade japonesa.

Peter Bradshaw, colunista do “The Guardian” diz que "Onibaba é um filme arrepiante, um pesadelo gelado que foi filmado em preto e branco” e resume, "Onibaba merece algo mais do que um status cult ".


Onibaba foi lançado como DVD em 16 de março de 2004, pela Criterion Collection.



Comments


Textos Atualizados
Recentes
Arquivos
Tags
Siga-nos
  • Facebook - White Circle
  • Twitter - White Circle
  • Tumblr - White Circle

© 2013 - 2024 Portal Gore Boulevard * All rights reserved.

bottom of page