Sinbad and the Eye of the Tiger - 1977

Acompanhar as aventuras fantásticas do marujo Sinbad é o que há de mais divertido que o gênero pode proporcionar. Juntamente com o talento de Ray Harryhausen na concepção das bestas, o entretenimento é garantido e bem mais valioso do que qualquer filme da franquia Piratas do Caribe.

Nesta terceira aventura, com as mãos mágicas de Harryhausen, Sinbad é interpretado pelo experiente Patrick Wayne, de Rastros de Ódio (1956) e O Álamo (1960). Ele e sua trupe de aventureiros retornam de uma longa viagem para encontrar o amigo Príncipe Kassim (Damien Thomas, de Piratas, 1986) e pedir a mão de sua irmã, a Princesa Farah (Jane Seymour, de Com 007 Viva e Deixe Morrer, 1973). No entanto, durante a coroação do príncipe, devido ao falecimento de seu pai, ele é amaldiçoado pela maléfica Zenobia (Margaret Whiting), que almeja que seu filho Rafi (Kurt Christian, que atuou em A Nova Viagem de Sinbad, 1973) assuma a coroa. Kassim é transformado num babuíno, com características humanas, em efeitos em stop-motion, e está condenado a ficar nesse estado por toda a vida, caso não encontre um meio de reverter o feitiço em até sete luas.

Sabendo da existência de alguém que possa ajudar a desfazer o encanto, Sinbad avança pelos mares em busca de Melanthius (Patrick Troughton) e de lá para uma ilha com poderes mágicos. Contudo, terá no encalço a bruxa Zenobia, que dá vida a demônios armados com espada e a um imenso minotauro de bronze, com a “força de seis homens”.

Entre as criaturas maravilhosas que cruzarão o caminho de Sinbad há uma morsa gigante, um homem pré-histórico e, é claro, um tigre dente-de-sabre. Mesmo sabendo do triunfo garantido do herói em sua jornada épica, o espectador fica fascinado com o dinamismo do roteiro de Beverley Cross (esteve por trás de Jasão e o Velo de Ouro, 1963, e Fúria de Titãs, 1981), com os carismáticos personagens e pelos monstros.

Infelizmente, Sinbad e o Olho do Tigre é o tipo de filme que não possui irmãos hoje em dia, com o avanço das tecnologias de efeitos especiais e a maturidade das produções, restando ao público, fã de aventuras de capa e espada, revê-lo de tempo em tempo, sem a maldição da sétima lua.