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Camp Cold Brook - 2018


O que chama a atenção, antes mesmo de você assistir a Camp Cold Brook, é a sinopse típica de um found footage. Uma equipe de produção de um programa de investigação paranormal decide gravar mais um capítulo em um acampamento desativado devido a um massacre ocorrido do passado. Não, eles não irão investigar Crystal Lake, e não se trata de um filme que segue o padrão da câmera em primeira pessoa. Embora esse recurso já tenha sido usado à exaustão, às vezes – como é o caso aqui -, é possível que o resultado seja mais assustador e funcional. Camp Cold Brook se desenvolve apenas como um longa de fantasmas… e dos mais fracos.


Alex Carl, em sua estreia como roteirista de longas, apresenta nos primeiros minutos a abertura do programa “Haunt Squad“, comandado por Jack (Chad Michael Murray, de A Casa de Cera e Riverdale) e sua equipe, composta pela especialista em informática Angela (a veterana Danielle Harris. N.E.: nunca convide uma pessoa chamada Angela para um acampamento), pelo cuidador das câmeras Kevin (Michael Eric Reid), além de Emma (Candice De Visser). Depois que recebe a informação que o canal não planeja renovar o programa para uma nova temporada, Jack acredita que se fizerem um episódio fantástico o próprio público vai pedir por mais, o que pode garantir a continuidade.

O problema é que Haunt Squad nunca lidou realmente com assombrações. Todos os momentos assustadores são criados pela própria equipe, e o espectador já parece saturado disso. Resolvem, então, acatar a sugestão de Emma e gravar no acampamento Cold Brook, que, no passado, foi o palco de um assassinato em massa promovido por uma bruxa. Vinte e oito jovens morreram na ocasião, o que tornou o lugar sinistro para investigações sobrenaturais. Eles topam a gravação pela falta de popularidade do ambiente, permitindo trabalhar os sustos como querem. Mas, e se lá for realmente assombrado?


Como se trata de um filme de terror, já se imagina que realmente teremos aparições e jumpscares. Sim, eles acontecem, mas repetindo ideias já vistas à exaustão e que mesmo assim não são bem realizadas. As câmeras captam coisas estranhas, personagens adormecem, desaparecem… sinais misteriosos são encontrados nas paredes, movimentos, sons, e fantasmas que só dão as caras para o espectador. O próprio mistério em si é chato de se acompanhar, assim como os personagens não permitem que o público se importe com eles. As duas revelações soam forçadas, e também já foram exploradas anteriormente.

Camp Cold Brook funcionaria melhor mesmo com a câmera em primeira pessoa. As poucas cenas em que o recurso foi explorado são as melhores do filme, e poderia disfarçar a direção pouco atraente de Andy Palmer (de The Funhouse Massacre). Nem a presença de Danielle Harris, que tem um filmografia bem interessante, tendo participado até mesmo da franquia original do Halloween e Terror no Pântano, além de outros, permite que você se empolgue com essa excursão tão chata quanto aqueles acampamentos que nos obrigavam a cantar as mesmas musiquinhas de sempre.


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