The Frankenstein Theory - 2013
Apesar do maremoto de críticas negativas (o site Dread Central descreveu-o como “um filme esmagadoramente chato” enquanto o The Washington Post o qualificou como “uma idéia forte para um filme fraco”) eu não tenho tantos horrores pra falar deste filme. The Frankenstein Theory é a primeira incursão de Andrew Weiner como diretor (mesmo estando marcado nos pôsteres a seguinte chamada “From the makers of The Last Exorcism,”), mas apesar disso Weyner sempre teve uma mãozinha no gênero horror, apesar de ter produzindo tosqueiras como o horrível Penny Dreadful (2006), The Take (2007) e até mesmo clássicos do filme B como Tromeo e Juliet (em 1996, como produtor associado). Com a ajuda do escritor Vlady Pildish (Heartstopper) no roteiro, os dois conseguiram criar um filme inteligente que não é necessariamente assustador, mas divertido para o espectador
O "plot" é de uma equipe de documentaristas que estão seguindo Jonathan Venkenheim (Kris Lemche) no Círculo Ártico. Jonathan é um professor universitário, agora desonrado, que acredita que ele é um descendente direto de Mary Shelley, criadora do romance Frankenstein. Ele também teoriza que o monstro é real e que está vivo nos campos áridos do do norte do Canadá. Venkenheim agrupou monte de evidências que apoiam sua teoria, contando até com uma testemunho ocular, e até mesmo uma série de assassinatos que corroboram com o fato. Se as estatísticas que ele apresenta fossem reais, você seria duramente pressionado para não acreditar no monstro. Assim, Jonathan e uma pequena equipe de quatro pessoas, além de um caçador rufião chamado Karl (Timothy V. Murphy), fazem o caminho para o deserto canadense para caçar a criatura.
O filme até que é bem escrito. Não apenas pela reação realista dos personagens nas interações hilariantes entre Karl e o homem de som Brian (Brian Henderson), mas porque surge como algo inteligente e cientificamente sólido. Não é uma excêntrica variedade aleatória de palavras lançadas em conjunto para criar um plano que nos arrasta para corredores assustadores ou cemitérios assombrados, mas sim como algo colegiado de uma ficção pseudo-científica com suas garras enterradas na realidade.
Todo o filme é incrivelmente bem trabalhado para um filme de found footage. Claro, temos as clássicas cenas de visão noturna padrão, as câmeras de luz estreita que atravessam a escuridão, com a visada vista trêmula saltitante, mas também temos uma série de excelentes sequências de "time lapses" e lindos cenários canadenses. O filme corre para as mesmas falhas que alguns muitos do gênero fazem. Arrasta sua história em alguns pontos até os últimos trinta minutos ou mais do filme onde a adrenalina domina a trama.
Apesar dos pesares, The Frankenstein Theory é um entretenimento divertido. Está cheio de grandes palavras e alusões literárias, mas também é um passeio que ultrapassa as expectativas e segura a vanguarda dos filmes de found footage, talvez até superando o tema. Com um elenco sólido, roteiro excepcionalmente talentoso, e um fundo emocionante, The Frankenstein Theory é uma surpresa necessária em um gênero cheio de sustos e redundâncias.