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Macchie Solari - 1975


“Macchie Solari”, mais conhecido pelo título internacional de “Autopsy” (fora outros como “The Victim”, “Sun Spots”, “Corpse” e até um inexplicável “Tarot”?) é um excelente e estranho giallo fora da curva, com elementos de horror, dirigido por Armando Crispino (L’Etrusco Uccide Ancora).


Uma enfermidade acomete alguns moradores da cidade de Roma, onde sobre a influência dos raios do sol, começam a se matarem, dando um surto de suicídios pelas ruas da cidade em pleno dia! O filme começa em pleno vapor, com pessoas cortando os pulsos, se atirando em rios, e se matando a tiros. Nota: alguém aqui se lembra quando lançaram “Midssomar”, e a imprensa falando que era uma novidade um filme de terror que se passava na luz do dia? Amadores, rsrsrsrs.


Voltando ao filme...


É no abarrotado necrotério de Roma que encontraremos a protagonista Simona (a norte-americana Mimsy Farmer), uma jovem patologista que está sido acometida por delírios, onde vê os cadáveres tomarem vida! Numa madrugada, em seu apartamento, enquanto a moça examina fotos de cadáveres, ela recebe a visita de Betty Lenox (Gabi Wagner), a nova namorada de seu pai. Na manhã seguinte, a visitante do apartamento, aparece morta na praia, mas Simona não acredita que seja mais um caso de suicídio, e resolve investigar com a ajuda do irmão da vítima, Paul Lenox (Barry Primus), um ex-piloto de corridas, que após um acidente que resultou em várias mortes, agora é padre.

Ainda temos no rol de personagens, Riccardo (Ray Lovelock), um playboy boa vida que rodeia a protagonista, com a clara intenção de transar com ela, e um escroto funcionário do necrotério, tarado e com claras tendências necrófilas (interpretado pelo esquisito e feioso Ernesto Colli de “Torso”).


O filme tem um clima estranho, realçado pela trilha experimental do Mestre Ennio Morricone, e imagens poderosas e surreais, como a protagonista delirando e vendo cadáveres transando, inserções de imagens de raio solares inseridos na montagem de forma bizarra e muito peculiar.

E mais uma vez Mimsy Farmer se destaca no universo do giallo, ela que já tinha aparecido em clássicos como “Quatro Moscas Sobre Veludo Cinza” (4 Mosche di Velluto Grigio, 1971) de Dario Argento e “O Perfume da Mulher de Negro” (Il Progumo della Signora in Nero, 19740 de Francesco Barilli). Curiosamente ela deixou o trabalho de atriz e acabou trabalhando no setor de arte, na construção de cenários, de superproduções hollywoodianas como “Guardião das Galáxias”, o remake do Tim Bruton para a “Fantástica Fábrica de Chocolate” e um filme da franquia “Piratas do Caribe”.

"Macchie Solari” é um filme estranho e muito interessante, principalmente em tempos de pandemia. Em tempo, Chris Reifert, vocalista, baterista e fundador da banda Autopsy, alega que esse é um de seus filmes de horror favoritos e que batizou sua banda por causa dele.


Macchie Solari /Autopsy (Itália, 1975)

Direção: Armando Crispino

Com: Mimsy Farmer, Barry Primus, Ray Lovelock, Carlo Cataneo, Angela Goodwin, Gaby Wagner, Ernesto Colli.

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