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Night of the Creeps - 1986


Night of the Creeps (A Noite dos Arrepios, 1986) tem toda a fórmula necessária para a diversão dos fãs do gênero fantástico: criaturas rastejantes, personagens carismáticos, cidade pequena, Tom Atkins como um policial mal-humorado, desafio para entrar numa fraternidade e, é claro, zumbis bem caracterizados. Tudo isso com as mãos calibradas de Fred Dekker, que no ano seguinte brindaria o gênero com o divertidíssimo Deu a Louca nos Monstros (Monster Squad, 1987).


Em 1959, dois alienígenas – em efeitos toscos, mas aceitáveis – a bordo de uma nave tentam manter um artefato em segurança, quando o objeto acaba sendo lançado pelo espaço e caindo na Terra. Por aqui, em bela fotografia em preto e branco como homenagem ao cinema drive-in e ao clássico A Bolha (1958), um carro estacionado na estrada, com um casal de namorados, testemunha a queda de algo nas proximidades. Enquanto o rapaz vai investigar o que caiu na floresta, a garota escuta no rádio sobre a fuga de um criminoso insano de um hospício. Ele tem um encontro com o objeto de metal, de onde salta uma lesma em sua boca, e a garota, com o machado afiado do assassino louco.


Vinte e sete anos depois, Chris Romero (Jason Lively) é encorajado pelo amigo J.C. (Steve Marshall) a se aproximar da garota de seus sonhos, a bela Cynthia Cronenberg (Jill Whitlow). Mas, para isso, a dupla precisa fazer parte de uma fraternidade, cuja iniciação incita o roubo de um cadáver no centro médico da universidade. Ao acionar o sistema de inversão da criogenia de um corpo escondido num setor secreto, eles se assustam com a aproximação de alguém e fogem, enquanto o cadáver – no caso, o jovem que foi investigar o objeto que caíra do céu na década de 50 –, sai andando do local, perturbando o detetive Ray Cameron (Tom Atkins), envolvido com o caso.

O morto-vivo retorna à fraternidade, e sua cabeça se abre, liberando vermes rastejantes que se espalham pela região. E são essas criaturinhas que atacarão quem cruzar seu caminho, transformando as vítimas em mortos-vivos. Se J.C. traz um dos momentos mais dramáticos ao narrar seu encontro com os pequenos alienígenas, Night of the Creeps reserva dois episódios emblemáticos e que tornaram o filme inesquecível: um envolve o retorno do maníaco com o machado, transformado em zumbi e enterrado sob a morada de uma idosa; e o mais conhecido, quando um ônibus repleto de universitários a caminho de uma festa tomba, com a morte de todos os passageiros, transformados em zumbis. O detetive diz uma das frases mais populares do cinema “terrir” dos anos 80: “Meninas, tenho uma boa e uma má notícia para vocês. A boa é que seus namorados chegaram… a má é que eles estão todos mortos.

Dekker brinca com o gênero fantástico, fazendo uso de toda a fórmula que faz tanto sucesso em toda sua longa trajetória de momentos incríveis. Zumbis, alienígenas e criaturas rastejantes dão o tom da diversão, com diálogos afinados, boas atuações e personagens carismáticos, como se o espectador tivesse seu cérebro dominado pelos vermes e quisesse saber como tudo irá se resolver para aplaudir de pé ao final da sessão. Night of the Creeps teve dois finais diferentes e igualmente interessantes, e é, sem dúvida alguma, uma refeição completa para os amantes do horror dos anos 80, quando cinema e diversão caminhavam tropegamente de mãos dadas.


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