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Nightmare - 1981


Slasher macarrônico, que foi realizado por uma equipe italiana nos EUA, especificamente na Florida. A produção foi cercada por algumas controvérsias que acabaram rendendo ao filme o status de Cult.


George Tatum (Baird Stafford em seu primeiro dos dois únicos filmes que trabalhou. O segundo é “Dog Tags” (1987) também do diretor Scavolini) é um homem atormentado por pesadelos, em que se vê criança, matando sua mãe à machadadas, após pegar ela em flagrante em uma ralação sadomasoquista com um homem! Como se não bastasse os sonhos ruins, o infeliz costuma ter crises epilépticas. Ele é paciente de um hospital psiquiátrico em Nova York (o filme teve locações em um hospital psiquiátrico de verdade), onde serve de cobaia para drogas experimentais.


Um belo dia ele é dado como curado (???) e para num peep show tenebroso da rua 42, e ao ver uma stripper entra em convulsão, fica espumando pela boca e os delírios recomeçam. George acaba indo para a Florida, onde comete assassinatos, até rondar a casa de uma mulher chamada Susan (Sharon Smith) que mora com seus três filhos pequenos. Óbvio que George está planejando invadir a casa e matar seus habitantes.


O filme começa mostrando os pesadelos de George, enquanto alterna exibindo a rotina da casa de Susan, principalmente seu filho C. J. (C. J. Cooke), um moleque zoeiro que gostar de pregar peças para assustar a todos, principalmente sua babysitter, a adolescente Karen (Danny Ronan). Esta alternância chega a criar alguma confusão no começo do filme, mas as coisas vão se ajeitando no decorrer da projeção. Curiosamente é C. J. o primeiro a notar aquele cara esquisito de sobretudo, que ronda a casa, mas quem vai acreditar no pestinha? Enquanto adia o ataque a casa, George vai acumulando corpos nas redondezas, como a do cadáver de uma moça amarrada numa cadeira, com ratos de verdade por cima (coitada da atriz).

O filme ainda nos guarda uma pretensamente chocante revelação surpresa fina cena final.

O roteiro, como pode notar, é um remendo de “Halloween”, com toques de “Psicose”, “Maniac”, e por aí vai. O grande astro do filme são os efeitos gores, temos garganta cortada em close, cabeça decepada, sangue borbulhando para todo lado.


A primeira controvérsia era o fato de constar o nome de Tom Savini nos créditos. O mestre da maquiagem, enfurecido, nega ter feito qualquer efeito no filme, ele era amigo da equipe de maquiagem, teria aparecido no set para dar alguns conselhos, e os produtores picaretas o colocaram nos créditos – nas cópias atuais o nome dele foi limado dos créditos. Outra polêmica foi quanto a exibição no Reino Unido, com o título de “Nightmares in a Damaged Brain”, o filme teria que ser cortado para liberação, mas o distribuidor local liberou o filme uncut, resultado: o distribuidor foi preso, passando seis meses no xilindró, aumentando ainda mais a áurea maldita da fita, e claro, o filme parou na lista de Videos Nasties. Outra curiosidade é de que o filme iria ser editado por novato Joel Coen (sim, ele mesmo), mas desgostosos com o trabalho dele, o cara foi demitido logo no começo da edição.

Curiosamente Scavolini chegou a anunciar uma continuação, que se chamaria “Nightmare – The Wandering Soul”, que até o momento não saiu do papel. Sangrento, pervertido, perturbador, apelativo, doentio, infame e sem noção, “Nightmare” é diversão garantida para fãs de slashers e de terror gore.


Pesadelo (Nightmare, Itália/EUA, 1981)

Direção: Romano Scavolini

Com: Baird Stafford, Sharon Smith, C. J. Cooke, Mik Cribben, Danny Ronan, Scott Praetorious.

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